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O fim da guerra entre o tráfego pago e o orgânico

Por que as marcas mais inteligentes estão unindo performance e presença para criar ecossistemas de atenção — e não apenas campanhas isoladas.

Oi, tudo bem por aí?

Durante muito tempo, tráfego pago e tráfego orgânico pareciam jogar em times diferentes, um falando de campanhas e ROAS, o outro de SEO e consistência. Mas essa separação perdeu o sentido: o marketing mais inteligente hoje é o que une performance e propósito.

Na edição dessa semana, a gente fala sobre como integrar tráfego pago e orgânico para construir um ecossistema de presença e intenção, onde um dado afina o outro, a marca fica mais lembrada e as conversões acontecem de forma natural.

E nas notícias da semana, tem o impacto das respostas de IA no Google, o novo layout do Instagram e a megaparceria entre OpenAI e Amazon.

Boa leitura!

Estratégias Avançadas de Tráfego Pago + Orgânico

Por que o tráfego não é mais dividido em times rivais?

Durante muito tempo, o marketing se comportou como dois departamentos que mal se olhavam: de um lado, quem cuidava do tráfego pago, com dashboards, ROAS e campanhas de aquisição. Do outro, quem cuidava do orgânico, falando em consistência, SEO e construção de comunidade. 

Era como assistir a um campeonato no qual cada time tentava provar que era mais importante do que o outro.

Só que a verdade é: ninguém vence sozinho.
Tráfego pago sem estratégia orgânica vira dependência.
Tráfego orgânico sem investimento vira demora.

O jogo mudou quando os negócios perceberam que o caminho mais inteligente não é escolher um lado, mas sim fazer os dois se complementarem.

Quando o dado do pago afina o instinto do orgânico

O tráfego pago tem uma característica poderosa: ele expõe comportamentos rapidamente. Com ele, você entende em horas o que o orgânico levaria semanas para sinalizar. É como afinar um instrumento antes de uma apresentação: você toca uma corda, o som sai errado, você ajusta. Simples assim.

Se um anúncio performa bem com o público: “mulheres que pesquisam sobre jardinagem e arquitetura minimalista”, essa informação não é só para o pago, ela também é bem-vinda para:

  • títulos de conteúdo no Instagram;

  • pauta editorial do blog;

  • novos temas do canal no YouTube;

  • próximas newsletters.

O pago mostra onde está o interesse.
O orgânico cria o vínculo para que esse interesse permaneça.

O funil não é linha reta: é ecossistema!

Muita gente ainda fala de funil como se fosse uma estrada: topo → meio → fundo. Na prática, o comportamento de compra se parece mais com uma praia cheia de ondas, onde a pessoa vai e volta várias vezes antes de decidir.

Ela vê um anúncio.
Depois, entra no seu Instagram.
Aí, assina sua newsletter.
Volta no Google para pesquisar.
Assiste um vídeo seu no YouTube recomendado por coincidência.
Vê outro anúncio.
E só então compra.

Não existe controle absoluto no percurso.
Mas existe presença constante.

A estratégia híbrida cria pontos de contato complementares:

  • O pago captura a demanda quando ela aparece.

  • O orgânico cultiva desejo para quando ela surgir.

Resultado: a conversão deixa de ser um evento isolado e passa a ser uma consequência natural da familiaridade.

Criar desejo ou capturar demanda? Os dois.

Negócios que dependem só de tráfego pago tendem a competir por cliques mais caros, mais disputados e mais imediatos. Eles correm atrás do cliente.

Negócios que dependem só do orgânico muitas vezes ficam excelentes em ensinar, criar conexão, fazer as pessoas gostarem... mas e o momento da proposta? Falta aceleração.

A junção dos dois resolve o dilema:

  • Orgânico faz sua marca ser lembrada quando ela não é procurada.

  • Pago aparece na hora exata em que ela é procurada.

Ou seja: você planta e colhe ao mesmo tempo.

A métrica que importa: intenção!

Uma estratégia híbrida não começa perguntando: “qual campanha eu rodo”?
Ela começa com: em que nível de intenção está meu público agora?

Intenção baixa: conteúdo educativo e inspiracional (Instagram, TikTok, YouTube)
Intenção média: comparação, prova social, autoridade (Blog, Newsletter, Cases)
Intenção alta: anúncio + página de vendas objetiva (Meta Ads, Google Ads, Landing Pages)

Logo, não é necessário postar mais, mas sim postar o que conversa com o estado mental da pessoa.

Onde a IA entra nisso tudo?

A IA não substitui o marketing, ela acelera o refinamento da estratégia.

Com IA, você:

  • Analisa padrões de engajamento com mais velocidade.

  • Identifica tópicos que geram desejo, não só cliques.

  • Ajusta segmentações com nuance real.

  • Personaliza mensagens por estágio de consciência.

Mas a IA não cria intenção.
Quem cria é:

  • uma história bem contada;

  • um posicionamento claro;

  • uma promessa verdadeira.

A IA ajuda a distribuir o que tem valor, não a inventar valor.

Se o tráfego pago abre a porta, o orgânico é quem convida para ficar. E, negócio bom é aquele que as pessoas não querem ir embora.

Rapidinhas do Marketing

Respostas de IA do Google derrubam cliques orgânicos e pagos

Um novo estudo revela que as respostas geradas por IA nas buscas do Google estão fazendo os usuários clicarem bem menos nos resultados tradicionais. Em consultas com a Visão Geral de IA, a taxa de cliques orgânicos caiu 61% e os cliques em anúncios pagos despencaram 68%. Mesmo buscas sem esse recurso tiveram cerca de 41% menos cliques orgânicos, indicando que as pessoas estão consumindo mais as respostas diretas da própria busca em vez de acessar sites. Ler +

Novo layout do Instagram prioriza Reels e DMs

O Instagram começou a liberar um novo layout de aplicativo que dá mais destaque aos vídeos Reels e às conversas nas Mensagens Diretas. Agora a aba central do app exibe os Reels, enquanto o atalho de criação de posts foi substituído pelo acesso às DMs, e a busca e o botão da câmera mudaram de posição. A mudança busca destacar os vídeos curtos, mas dividiu opiniões e muitos usuários reclamaram que a interface ficou confusa, enquanto outros aprovaram a navegação mais fluida. Ler +

OpenAI e Amazon fecham parceria de US$ 38 bilhões para IA

A OpenAI firmou um acordo de US$ 38 bilhões com a Amazon Web Services para expandir sua infraestrutura de inteligência artificial. Pelo contrato de sete anos, a OpenAI terá acesso a centenas de milhares de chips NVIDIA na nuvem da AWS, aumentando drasticamente sua capacidade de treinar e executar modelos de IA como o ChatGPT. Essa parceria estratégica fornece à OpenAI poder computacional em escala maciça para impulsionar a próxima geração de ferramentas de IA. Ler +

Destaques da Mateada

No fim das contas, tráfego pago e orgânico não competem, eles se completam.

Quando o dado encontra o instinto, a estratégia deixa de ser só técnica e vira inteligência.

Até lá, bons testes e boas conexões.